Sindicato da construção quer que trabalhadores com 50 anos de descontos se reformem aos 62 anos


“Há centenas de trabalhadores que começam a trabalhar aos 12 anos e têm uma carreira contributiva de mais de 50 anos de descontos que estão a morrer, debilitados, antes da idade de reforma.”





Albano Ribeiro, presidente do Sindicato da Construção de Portugal, vai reunir-se hoje com o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, José António Vieira da Silva, para, entre outros assuntos, propor que os trabalhadores do setor que tenham 50 ou mais anos de descontos possam reformar-se aos 62 anos “sem qualquer penalização”.

“Há centenas de trabalhadores que começam a trabalhar aos 12 anos e têm uma carreira contributiva de mais de 50 anos de descontos que estão a morrer, debilitados, antes da idade de reforma”, numa situação que “não é humana”, conta Albano Ribeiro à Lusa.

“Os trabalhadores da construção, por problemas músculo-esqueléticos, não têm condições físicas a partir de determinada idade para estarem a trabalhar, enquanto os trabalhadores das pedreiras, além da surdez e semi-surdez, são afetados pelo problema da silicose” devido à inalação de poeira de grãos siliciosos, continua o responsável.


O presidente do sindicato alerta ainda para a “situação muito grave” em que estão os trabalhadores da construção que emigraram, nomeadamente para Angola, alguns “a ser despedidos por email”.

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