Construção: sindicato quer aumento salarial para operários qualificados


Se a remuneração não for revista, setor vai avançar “com a maior greve de sempre”.





A diferença salarial entre operários qualificados (carpinteiros, pintores e outros) e não qualificados é, na maior parte das empresas, de 15 euros. O alerta foi feito pelo presidente do Sindicado da Construção de Portugal, Albano Ribeiro, que admite que o setor avance com “a maior greve de sempre” caso esta situação não se altere.

De acordo com dados do sindicato, em 2010 um operário não qualificado ganhava 476 euros e um qualificado 545 euros. Com o aumento do salário mínimo, os trabalhadores não qualificados passaram a receber 530 euros, mantendo-se os outros a receber 545 euros. A diferença salarial passou de cerca de 70 euros (em 2010) para 15 euros.

O presidente do sindicato já pediu uma reunião com os presidentes das associações patronais para que estes orientem os seus associados a resolver esta situação e garante que se o diferencial não for reposto, avançam “com a maior greve de sempre no setor, que pode ser nacional ou empresa a empresa”.


“Hoje verifica-se um crescimento no setor, nomeadamente, na área da reabilitação urbana, tendo já sido criados milhares de postos de trabalho em pequenas obras” e “neste momento, o setor da construção tem condições económicas para suportar um aumento”, defende Albano Ribeiro.

Comentários