Crédito à habitação: Bancos sobem comissões para compensar descida de spreads

Há cada vez mais pessoas a recorrer ao crédito à habitação. Os bancos tentam aliciar mais clientes baixando os spreads (taxa de onde retiram lucro), mas para compensar essa redução têm vindo aumentar as comissões relativas a outras operações, e nem todas são fáceis de perceber.

Desde 2011 que os portugueses não compravam tantas casas com recurso ao crédito à habitação. O mercado imobiliário está a mexer e os bancos acompanham a tendência abrindo a torneira do crédito à habitação e baixando spreads para atrair novos clientes.

Segundo uma análise do Dinheiro Vivo no site Comparajá, é difícil para o cliente perceber qual o banco mais vantajoso. Há bancos que apresentam os spreads mais baixos mas que com as comissões elevadas deixam de ser os mais “baratos”. Segundo o jornal, a melhor forma de tentar perceber quais as comissões bancárias mais baixas é olhar para a TAER.

A TAER “é a taxa anual efetiva revista, ou seja, inclui já todos os custos que estão associados àquela contratação, como por exemplo custos de manutenção de conta ou outros encargos exigidos. Esta taxa inclui tudo o que está implícito na contratação do crédito e é o valor que deve servir de referência, explica a DECO citada pelo Dinheiro Vivo.

Segundo o Dinheiro Vivo, entre 2016 e 2017, a maioria dos bancos aumentou as suas comissões iniciais no crédito à habitação, mas há que ter também em conta as comissões que se mantêm ao longo do processo. Há por exemplo bancos que cobram uma taxa extra mensal pelo processamento da prestação, o que pode fazer com que, ao fim de 30 anos a pagar o crédito à habitação, aquele não tenha sido o negócio mais vantajoso. 

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