Nem um terço dos contribuintes notificados pagaram AIMI

Em 2017, o Fisco notificou 211.690 proprietários (particulares, empresas e heranças indivisas) para pagar a nova taxa adicional ao IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis), que veio substituir o antigo imposto de selo sobre os prédios de luxo. Do total de notificados, nem um terço liquidou a nova taxa, segundo revela o Dinheiro Vivo.


Dos 211.690 contribuintes notificados, só 62.115 pagaram a adicional ao IMI. Muitos dos que haviam sido notificados para fazer o pagamento eram casais que deixaram passar o prazo para pedir a tributação conjunta dos imóveis, mas que, ao receberem a nota de liquidação, reclamaram e viram o prazo para pedir a tributação conjunta estendido.

Com a extensão do prazo para apresentar o pedido de tributação conjunta, foram vários os casais que ficaram suspensos de pagar a taxa. A tributação conjunta pode ser favorável aos casais, uma vez que um individuo está isento de pagar a adicional ao IMI se os imóveis não ultrapassarem os 600 mil euros, no caso dos casais esse teto passa para 1,2 milhões de euros.

Há ainda outra situação que pode explicar o excesso de contribuintes notificados em comparação aos que pagaram. Cerca de 173 mil notas de pagamento da AIMI foram extraídas de verbetes. O que significa que o NIF dos contribuintes não estava associado a esse documento e por isso “são observadas as regras aplicáveis às pessoas coletivas”, ou seja, não é aplicada qualquer isenção.
A atualização das matrizes com a identificação e NIF do proprietário irá “levar à anulação do imposto”, razão pela qual muitos dos notificados não efetuaram o pagamento.

A Adicional ao IMI pede que os proprietários que possuam património imobiliário superior a 600 mil euros paguem 0,7% de taxa sobre o valor total dos imóveis e 1% no caso de o valor ultrapassar 1 milhão de euros.

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