Ministra quer taxas negativas refletidas nos contratos de crédito à habitação


“Na subida das taxas também não foi imposta qualquer limitação”.


imagem: expresso.sapo.pt


A ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, defendeu no Parlamento que os contratos de crédito à habitação “devem ser cumpridos” independentemente da descida das Euribor.

“Os contratos celebrados devem ser honrados e os contratos celebrados não têm nenhuma limitação à existência de taxas negativas”, disse a ministra na comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Administração Pública. Acrescentou ainda que esta é uma situação válida tanto para os empréstimos como para os depósitos, onde implica pagar ao banco para ter lá o dinheiro.

Apesar da governante referir que cabe ao Banco de Portugal apresentar uma orientação sobre o assunto, Maria Luís Albuquerque lembrou que “na subida das taxas também não foi imposta qualquer limitação”.

Perante a queda das taxas Euribor para mínimos históricos nos últimos meses, aproximando-se de valores negativos, a Associação Portuguesa de Bancos considera “um contrassenso ter associado a um crédito uma taxa de juro negativa, pois tal significaria ser o banco a pagar ao cliente pelo empréstimo”.


A Deco é da opinião que “a Euribor negativa deve ser refletida na taxa dos contratos, absorvendo parte do spread até ao limite do seu valor”.

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