No ano passado, aumentou a procura de casa para comprar, subiu o número de empresas de mediação imobiliária e a emissão de certificados energéticos.
O mercado imobiliário português teve
um “extraordinário comportamento” no ano passado. Cresceu e consolidou-se apoiado
na confiança criada pelo investimento estrangeiro, que “acordou” o mercado,
anunciou Luís Lima, presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de
Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP).
Em causa estão dados revelados
pelo Gabinete de Estudos da entidade que apontam para um aumento do índice de
procura, com 55,2% das pesquisas feitas no último trimestre de 2014 a serem
relativas à compra de imóveis e 42,5% ao mercado de arrendamento.
Segundo Luís Lima, as mediadoras
sentiram o “positivismo do mercado”, mas, apesar de considerar que o mercado
tem espaço para crescer, alerta que “não devemos deixar que a euforia se
apodere do nosso estado de espírito, sob pena de perdermos o controlo
necessário ao equilíbrio do nosso mercado” e cometermos “erros do passado”.
De acordo com o relatório, 41%
das pessoas que procuram casa para arrendar, quer rendas até 300 euros. Seguem-se
imóveis com rendas entre 300 e 500 euros (37,8%) e entre 500 e 750 euros
(12,9%).
Quem pensa comprar casa, procura
maioritariamente imóveis que custam entre 75.000 e 125.000 euros (30,8%) e
22,5% procura habitação com custo inferior a 75.000 euros.
Os apartamentos são o tipo de
casa mais procurado e Lisboa e Porto os locais de eleição.
Em 2004, subiu ainda o número de
empresas de mediação imobiliária, com uma média de 66 licenciamentos, bem mais
que os 39 de 2013. Os certificados energéticos também cresceram 134% face ao
ano anterior, com cerca de 180.000 registos emitidos.
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