“É preciso manter a dinâmica do mercado de arrendamento, atrair investimento privado estrangeiro, voltar às cidades”.
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Segundo um estudo da Confederação
Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI), o país precisa de 38 mil milhões de euros para a
reabilitação urbana. Só Lisboa, precisa de quase um terço desse montante, 10 a 12 mil milhões.
“As estradas, as redes, tudo isso precisa de intervenção” alerta Ricardo
Gomes, Vice-presidente da CPCI em entrevista à RTP. Acrescenta que “é preciso
manter a dinâmica do mercado de arrendamento, atrair investimento privado
estrangeiro, voltar às cidades”, na luta contra a desertificação.
O Governo acredita que o fundo para a reabilitação com 2 mil milhões
de euros pode mudar as faces das cidades e que a reabilitação chegue dos 7
aos 20% até 2020.
Manuel Salgado, Vereador da
Reabilitação Urbana da Câmara de Lisboa considera o plano de financiamento do
Governo “absolutamente essencial”, mas admite que “pode pecar por ser escasso”. A seu ver, o fundo “devia ser essencialmente
para a reabilitação, mas na dimensão do reforço da capacidade sísmica dos
edifícios (resistência aos sismos) e na melhoria da eficiência energética”.
A Câmara de Lisboa garante que está a facilitar a vida aos particulares,
reduzindo encargos, taxas ou o tempo para conseguir licenças. Segundo o
vereador, o cenário está a mudar, “neste momento 95% dos processos que entram
em Lisboa são obras de intervenção em edifícios existentes.” Os montantes investidos
pelos privados na reabilitação, nos últimos 5 anos, foram superiores aos da
obra nova. Foram investidos “650 milhões em obra de reabilitação e 450 milhões
em obra nova”, adianta.
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