Reino Unido e Alemanha são os países europeus mais ambicionados pelos investidores.
O mercado de investimento em imobiliário
hoteleiro na região EMEA (Europa, Médio Oriente e África) está preparado para
mais um ano em cheio. Para 2015 é esperado que o volume de negócios chegue a
cerca de 22,3 mil milhões de euros,
um valor superior aos 19,2 mil milhões registados em 2014 e que representa 36% do volume de transações realizadas a
nível global neste segmento.
Grande parte desta atividade será
conduzida por operações de grande dimensão envolvendo um único ativo, com
Londres e Paris a liderar neste campo. As transações envolvendo portefólios
estão previstas sobretudo para os mercados do Reino Unido e Alemanha.
Prevê-se que o volume de
investimento imobiliário em hotéis a nível global atinja mais de 60 mil milhões em 2015, com os fundos
globais e os grupos de investidores privados sedeados nos EUA e na Europa
Ocidental a encabeçar este movimento. Países como o Reino Unido, Alemanha e os EUA assumem-se como os principais destinos
alvo do capital privado a nível global.
O capital asiático vai também fortalecer a sua presença neste
mercado, especialmente o oriundo da China. As seguradoras asiáticas têm tido um
importante contributo neste crescimento da exportação de capital, levando a que
nos últimos anos a média anual de investimento subisse muito rapidamente. As
cidades com ligações aéreas diretas para a China, como Londres, Paris,
Amesterdão ou Dubai, são os destinos mais ambicionados pelos investidores.
Os fundos privados norte-americanos têm capital disponível para
investir a curto prazo e as yields europeias mantêm-se entre as mais
atrativas, numa altura em que os preços continuam a subir no seu país de
origem.
No ano passado, assistiu-se a uma
maior abertura, ainda que de forma controlada, na concessão de financiamento na Zona Euro, o que levou
as entidades financiadoras a reentrarem na área do financiamento a hotéis.
Este ano ficará marcado pelo
regresso da emissão de securitização de
créditos imobiliários (CMBS) enquanto produto de investimento no Reino
Unido e na Europa, o que pode fazer com que os investidores em obrigações
voltem a aceitar ativos hoteleiros como garantia, resolvendo parte do défice de
financiamento no segmento hoteleiro. O regresso do CMBS deverá também
impulsionar o crescimento, o que irá contribuir para apoiar a procura crescente
dos investidores por aquisições na região EMEA e irá expandir o recurso a
capital próprio.
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