Imobiliário é das áreas que mais procura trabalhadores


No final de abril estavam por preencher mais de 20 mil vagas, apesar dos elevados números de desemprego.





O imobiliário, o comércio e o turismo e restauração são as atividades com mais vagas de emprego por preencher. Os dados são do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), que afirma estar a receber mais ofertas de emprego este ano do que nos anos anteriores. E, embora o número de colocações também esteja a aumentar, no final de abril, estavam tecnicamente por preencher 20.849 ofertas.

De janeiro a abril as empresas colocaram nos centros de emprego 63.942 ofertas de emprego, uma subida de 11,8% (mais 6768 vagas) face ao número registado nos primeiros quatro meses do ano passado. O número de colocações também aumentou significativamente, ascendendo as 41.943, uma subida de 19,9% comparativamente a 2014.

Esta maior dinâmica é explicada tanto pela recuperação da atividade económica, como pelas medidas ativas de emprego (que dão às empresas apoio na remuneração dos empregados ou redução da Taxa Social Única). Contudo, segundo explicou ao Dinheiro Vivo o ex-presidente do IEFP, Francisco Madelino, estes números podem não corresponder exatamente à realidade, já que as regras em vigor obrigam as empresas candidatas a medidas ativas de emprego a canalizarem as suas ofertas para o IEFP mesmo que já tenham escolhido o candidato à vaga que oferecem.

Apesar disso, é certo que existem milhares de empregos disponíveis, embora a taxa de desemprego continue acima dos dois dígitos. Esta situação é explicada por um desfasamento entre a oferta e a procura e por, frequentemente, as ofertas se dirigirem a quadros muito específicos.


Dados do IEFP mostram que abril foi o mês com maior número de ofertas (17.197) e que os setores do comércio, alojamento e restauração e das atividades imobiliárias e serviços de apoio foram responsáveis por 41% do total desse valor. Do lado das colocações, os dados indicam que as empresas recrutaram sobretudo pessoal administrativo e não qualificado, serviços de proteção pessoal e segurança e trabalhadores qualificados para a indústria e construção civil.

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