"Portugal está a começar a aparecer no radar dos investidores.”
A baixa rendibilidade de ativos
sem risco e as avaliações elevadas que se verificam nos mercados acionistas têm
atraído cada vez mais investidores para o mercado imobiliário. Tanto grandes fundos de investimento como particulares (muitos a partir de
fundos) procuram ganhar com a subida de preços, sobretudo na Europa. As taxas a
0%, ou mesmo negativas, são outra mais-valia.
Os investidores têm procurado o imobiliário
como forma de diversificar a sua carteira, o que explica o aumento de 6,7% no valor dos ativos geridos por fundos de investimento
na EU, que, de acordo com dados da APFIPP, tinham mais de 257 mil milhões de
euros sob gestão no final de 2014.
Os grandes investidores têm
apostas ainda mais expressivas. Fundos
de pensões e outros grandes investidores
institucionais têm aplicado montantes avultados em grandes empresas de
capital de risco que detêm grandes fundos imobiliários e até fundos soberanos, como o da Noruega, o
maior do mundo, estão a aderir ao setor.
O mercado europeu de escritórios e superfícies comerciais parece ser o mais aliciante. Desde 2007 que o
arranque do ano no imobiliário comercial europeu não era tão ativo como em 2015:
64,3 mil milhões de euros em transações, mais 54% do que no ano passado.
Segundo a Real Capital Analytics,
“Itália e Portugal estão a começar a
aparecer no radas dos investidores à medida que estes começam a olhar para
novas oportunidades na periferia da Zona Euro criadas pela desalavancagem do
setor financeiro e pelos preços atrativos”. Portugal destaca-se com um aumento expressivo de transações: nos
primeiros meses do ano multiplicou por 14 o valor das transações, chegando a
623 milhões.
A compra de mansões de luxo – as mais caras, claro, – tem batido recordes. No
ano passado foram vendidos pelo menos 20 imóveis com custo superior a 88,3
milhões de euros, bem mais que nos anos anteriores: uma em 2013, quatro em 2012
e três em 2011.
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