“A lei do arrendamento não precisa de alterações drásticas, mas sim de mudanças estratégicas que promovam a sua real dinamização”.
Existem mais de cem mil fogos disponíveis para arrendamento
no mercado residencial urbano, contudo a oferta parece não dar resposta à
procura. “A grande parte dos ativos
fixa-se em locais onde não existe procura, e a oferta continua, na grande
maioria das vezes, a estar disponível a preços
proibitivos para a grande parte das famílias portuguesas”, afirma Luís Lima,
presidente da APEMIP – Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação
Imobiliária de Portugal.
Para fazer um ponto de situação
sobre a evolução do mercado de arrendamento urbano em Portugal, os
representantes das associações do setor imobiliário que integram a Comissão de Monotorização da Lei do
Arrendamento (APEMIP, AIL, AIN, ALP, ANP e CCP) reuniram-se hoje na sede da
APEMIP Serviços, onde a APEMIP apresentou um estudo que cruza a oferta com a
procura neste mercado à data de maio de 2015.
Luís Lima considera que o mercado
de arrendamento não atingiu o seu real objetivo, pois a oferta disponível é em
regiões onde continua a não existir procura, levando a um grande desequilíbrio.
“A Comissão de Monotorização da
Lei do Arrendamento Urbano foi criada com o objetivo de debater a
aplicabilidade da nova lei, e ajustar medidas com o apoio dos agentes
interventivos neste mercado, sejam eles inquilinos, proprietários ou
imobiliárias. No entanto, neste momento não sabemos se esta comissão continua
ou não em funções. Por um lado, não foi destituída, mas por outro, não é
chamada a dar seguimento aos trabalhos”, conta o presidente da APEMIP.
O representante das imobiliárias
diz que “a lei do arrendamento não precisa de alterações drásticas, mas sim de
mudanças estratégicas que promovam a sua real dinamização”. A introdução de um seguro de renda e um espaço onde os agentes do setor possam ser
ouvidos são algumas das medidas que defende.
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