“A redução dos spreads sinaliza uma maior disponibilidade dos bancos para a concessão de crédito imobiliário.”
A onda de baixa de spreads
cobrados aquando da concessão do crédito
à habitação parece não parar. O Novo
Banco cortou o spread mínimo pela segunda vez em menos de dois meses,
estando agora nos 1,95%. Atualmente já são seis os bancos a oferecerem taxas
abaixo dos 2%.
Em abril o Novo Banco tinha uma
taxa mínima de 2,75%, em maio desceu para 2,25% e agora fixou-se nos 1,95%.
Esta revisão coloca a oferta do banco em linha com a do BPI e supera a do BCP,
que tem um spread mínimo de 2% desde o início de maio. Com taxas mínimas abaixo
dos 2%, para além do Novo Banco e do BPI, está também o Santander Totta, o
Crédito Agrícola, o Banco Popular e a CGD (com a melhor oferta do mercado,
1,75%).
“A redução dos spreads sinaliza
uma maior disponibilidade dos bancos
para a concessão de crédito imobiliário”, disse Paula Carvalho,
economista-chefe do BPI, ao Jornal de Negócios.
Segundo a responsável, os cortes
feitos nos últimos meses são “consequência da melhoria da envolvente económica”. Por outro lado, “há também
sinais de inversão de tendência e melhoria no mercado imobiliário, onde os
preços dão sinais favoráveis (ainda que por enquanto mais significativos em
segmentos específicos).”
O BBVA é o único banco que ainda não fez qualquer alteração aos spreads
mínimos, continuando com a taxa mais elevada do mercado no segmento do crédito
à habitação, 4%.
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