Taxa de proteção civil penaliza proprietários de 17.500 casas devolutas e degradadas


“A cidade vai encetar um combate sem precedentes aos devolutos e às ruínas.”





João Paulo Saraiva, vereador para os recursos humanos e financeiros da Câmara Municipal de Lisboa, anunciou que, no primeiro trimestre do ano, a autarquia identificou 8.300 prédios devolutos e 9.200 degradados. Os proprietários destes imóveis serão os principais prejudicados com a nova taxa, que vem substituir a taxa de conservação dos esgotos e que começa a ser cobrada em novembro.

“A cidade vai encetar um combate sem precedentes aos devolutos e às ruínas”, disse o responsável. Já a generalidade dos munícipes não será prejudicada e não deverá sentir diferenças visto que a taxa de proteção civil tem um valor idêntico à antiga taxa de conservação dos esgotos.

A nova taxa é de 0,0375% do Valor Patrimonial Tributário da casa e é agravada para 0,3% e 0,6% no caso dos edifícios devolutos e em ruínas, respetivamente. A taxa de proteção civil deve render aos cofres camarários 18,9 milhões de euros por ano.


“Nós temos um conjunto de largas centenas de milhares de pessoas que não moram cá [em Lisboa] porque não têm onde morar. Não conseguem chegar aos valores que se pedem mas isso também está ligado à oferta. Se a oferta puder ser incrementada com devolutos recuperados, então conseguiremos melhorar a esse nível”, acrescenta o vereador.

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