Estratégia Nacional para a Habitação prevê menor carga fiscal para os senhorios


IHRU quer privilegiar o arrendamento em detrimento da casa própria e a reabilitação urbana em vez da construção nova.



imagem: publico.pt


A Estratégia Nacional para a Habitação (ENH) para o período entre 2015 e 2031, que foi esta semana publicada em Diário da República, deverá trazer uma diminuição nos impostos que os senhorios pagam sobre os rendimentos de rendas.

O conjunto de medidas, elaboradas pelo Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) e aprovadas em Conselho de Ministros no início do mês, preveem soluções fiscais para privilegiar o arrendamento em detrimento da casa própria e a reabilitação urbana em vez da construção nova.

“[Pretende-se] reduzir a carga fiscal nos encargos e nos rendimentos relacionados com o arrendamento habitacional”, lê-se no documento. Podem ainda vir a ser aumentados os incentivos fiscais para as despesas com rendas, bem como as isenções fiscais para “distinguir a habitação própria da arrendada, privilegiando esta última”. No entanto, estas medidas só poderão ser levadas adiantes desde que não representem “um constrangimento para a receita fiscal”.

A ENH defende também que os proprietários de edifícios devolutos ou em ruínas vejam subir o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI). Apesar da lei já prever que o imposto triplique nestes casos, “estas medidas não têm merecido grande utilização”, pelo que a ENH quer “garantir maior efetividade a estes instrumentos” e criar “mecanismos que garantam uma generalização das penalizações previstas”.


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