Câmara Municipal de Lisboa está a promover uma operação de loteamento de um terreno com dois hectares, junto ao Hospital da Luz e ao Colombo.
imagem. publico.pt |
A Câmara de Lisboa quer construir
mais de 850 fogos habitacionais num terreno de que é proprietária, em Benfica,
na Avenida Marechal Rebelo. A
operação de loteamento – em discussão pública desde o dia 22 de junho – prevê o
surgimento de nove edifícios, um
deles destinado a um equipamento de saúde privado e outro a um posto de socorro
avançado dos bombeiros.
O terreno, com uma área total de 21.000m², fica junto ao Hospital da Luz e ao Colombo e
está abrangido pelo Plano de Pormenor do Eixo Urbano Luz-Benfica (PPEULB). Na
memória descritiva do loteamento, disponível na página da autarquia na
internet, pode ler-se que em parte desse terreno “existem construções de
carácter provisório a substituir, cuja demolição está prevista no PPEULB,
utilizadas pela associação O Companheiro e por um armazém comercial, ocupado
pela empresa Móveis do Norte”.
Para o local, a câmara propõe
nove lotes, um dos quais é propriedade da Espírito Santo – Unidades de Saúde e
de Apoio à Terceira Idade, que pretende aí instalar uma extensão do Hospital da
Luz. Os restantes são do município, que quer lá criar serviços, comércio, habitação e equipamentos coletivos.
Quanto à habitação, o objetivo é
construir 869 fogos, distribuídos por
seis edifícios, dos quais um terá 23 pisos e dois terão 16.
No loteamento, um dos edifícios,
junto à Estrada do Poço do Chão e ao Bairro da Quinta do Charquinho, “destina-se
a equipamento coletivo público”. Um outro lote, mais próximo da Avenida dos
Condes de Carnide, “foi subdividido em dois”, ficando um deles “destinado a
equipamento coletivo e habitação” e o outro “a equipamento coletivo, estando
prevista a instalação de um Posto de Socorro Avançado dos Bombeiros”, que vem
substituir o atual quartel contíguo ao Hospital da Luz, ao qual o terreno foi
vendido pelo município há meses.
Segundo uma arquiteta da Divisão
de Loteamentos Urbanos, esta operação requereria um mínimo de 329 lugares para
estacionamento público, mas estão previstos apenas 154. Esta insuficiência
deverá ser ultrapassada com a construção de um parque subterrâneo previsto no
PPEULB, sob a Avenida Marechal Teixeira Rebelo, que terá 449 lugares.
Não está previsto criação de
zonas verdes visto que em frente à área de intervenção do loteamento se situa a
Quinta da Granja, “quinta histórica com área verde de grande dimensão, cuja
manutenção e utilização como área verde pública está salvaguardada”, lê-se no
documento.
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