Árabes, norte-americanos e chilenos procuram terrenos para comprar ou concessionar naquela zona.
O novo foco dos investidores
estrangeiros parece ser o Alqueva. A EDIA
– Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas de Alqueva, que funciona como
intermediária dos negócios entre os agricultores e os proprietários, tem recebido
vários contactos de investidores à procura
de terrenos agrícolas na área de regadio da barragem, para comprar ou
concessionar. Entre os interessados estão árabes, norte-americanos, chilenos e
outros países da América do Sul.
Tem havido “uma séria de reuniões
e há um conjunto de grupos que estão em negociações e demonstraram muito
interesse em comprar terras ou realizar concessões de longa duração”, confirmou
José Pedro Salema, presidente da EDIA, ao Diário Económico, que acrescenta que
os grupos em causa estão a avaliar terrenos com, pelo menos, mil hectares.
“São sobretudo árabes, norte-americanos e chilenos, operadores do hemisfério sul
que estão com a produção a contra-ciclo da nossa”, conta o responsável. No caso
dos chilenos, a ideia é produzir noz ou amêndoa no hemisfério norte para ter
duas culturas anuais. Os norte-americanos, com a seca severa que está a afetar
a Califórnia, vêm à procura de alternativas para as suas culturas e querem
também plantar amêndoa. Já o Médio Oriente tem um objetivo bem diferente:
produzir ferragens, ou alfafa, para exportar para os países de origem como
alimentação de gado.
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