Governo dá luz verde à construção de hipódromos


Grande projeto imobiliário promete animar o setor da construção e pode vir a gerar seis mil postos de trabalho e receitas de cerca de 300 milhões de euros por ano.





O Governo aprovou um conjunto de regras imobiliárias, logísticas e sanitárias para a criação de uma rede de estádios para corridas e apostas de cavalos, um mega projeto imobiliário que promete animar o setor da construção.

A portaria publicada na semana passada em Diário da República, sobre “os requisitos específicos de construção e de exploração de hipódromos autorizados a realizar corridas de cavalos sobre as quais se praticam apostas hípicas”, define como vão ser os equipamentos a construir nos próximos dois a três anos se existirem “incentivos” financeiros e administrativos adequados da parte do Estado. Fica, no entanto, por saber o valor de investimento que o projeto poderá implicar.

Cada equipamento terá capacidade para, pelo menos, três mil pessoas (dois mil lugares sentados e mil em pé) e, no mínimo, mil lugares de estacionamento. Deverá dispor de duas pistas para realização de corridas a galope e a trote atrelado, com um perímetro interior de, pelo menos, 1350 metros, e 100 boxes para alojamento dos cavalos.

Para já, a Liga Portuguesa de Criadores e Proprietários de Cavalos de Corrida (LPCPCC) é a única entidade habilitada, por lei, a organizar corridas hípicas em Portugal. O presidente da liga, Ricardo Carvalho, admite que as corridas com apostas possam ser uma realidade “dentro de dois, três anos”, caso se concretizem os incentivos necessários.


O grémio, que ficará com até 35% do resultado líquido de exploração das apostas, acredita que “o mercado das corridas de cavalos objeto de apostas hípicas pode vir a gerar uma receita de cerca de 300 milhões de euros por ano, podendo levar à criação de cerca de seis mil postos de trabalho”. 

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