Habitações portuguesas são pouco eficientes a nível energético


Classes C e D são as mais frequentes nas casas em Portugal, nos serviços é também a C.





A eficiência energética é cada vez mais uma prioridade para os promotores imobiliários, não só porque a lei exige um certificado energético, como também os consumidores finais estão mais exigentes, quer pela necessidade de poupar na fatura da eletricidade, quer para melhorar o desempenho energético das suas casas. No entanto, parece ainda haver muito para melhorar nesta área, visto que no segmento habitacional as classes energéticas mais representativas ainda são a C e a D.

De acordo com dados do Market Outlook, do Gabinete de Estudos da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), apresentados em julho e relativos a fevereiro deste ano, em termos de estrutura de eficiência energética no parque habitacional em Portugal, as classes mais frequentes esão a classe C (3.756 certificados) e a D (3.180). As menos representativas são as classes A+ (137) e a A (551), mostrando que ainda há muito a fazer em matéria de eficiência energética ao nível da habitação em Portugal.

Quanto aos serviços, a classe com maior número de ocorrências é também a C (837). Relativamente aos “Grandes Edifícios de Serviços” e os “Pequenos Edifícios de Serviços Com Sistema(s) de Climatização”, a classe B- é a mais representativa, com cerca de 40,1% e 35,6%, respetivamente. Nos “Pequenos Edifícios de Serviços Sem Sistema(s) de Climatização, a classe G é a mais frequente, com 24,5% dos certificados.

No segmento residencial, e por tipologia, os imóveis com maior número de certificados energéticos passados são T3 (36,3%) e T2 (32,7%). No serviços, a maioria dos imóveis certificados energeticamente são “Pequenos Edifícios Sem Sistema(s) de Climatização” (cerca de 88%).


Por distrito, e entre junho de 2007 e março de 2015, no segmento residencial, 69,5% dos certificados foram em Lisboa (26,8%), Porto (15,6%), Faro (11,3%), Setúbal (9,9%) e Braga (5,8%). Nos serviços, os distritos mais representativos foram Lisboa (29,3%), Porto (18,3%), Setúbal (8,5%), Faro (7,9%), Aveiro (5,5%) e Braga (5,3%), correspondendo a cerca de 74,8% dos certificados emitidos.

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