Os investidores chineses procuravam casas de gama média-alta e edifícios para reabilitar, os norte-americanos preferem ativos de grande dimensão.
Depois dos chineses, agora são os
norte-americanos a liderar o investimento no mercado imobiliário em Portugal. No primeiro semestre de 2015 os
norte-americanos foram os que mais investiram, num total de 400 milhões de
euros, o que também representa um novo
máximo histórico para o investimento no setor imobiliário português por
parte dos Estados Unidos. No ano passado o investimento norte-americano tinha
sido de 350 milhões de euros.
Nos primeiros seis meses do ano,
a seguir ao investimento norte-americano, esteve o espanhol, que representou 22% do investimento em imobiliário
nacional, seguindo-se capitais provenientes da Tailândia. O investimento tailandês foi quase todo por parte do
grupo Minor International, que comprou um portefólio de quatro hotéis Tivoli à
Gespatrimonio Rendimento por cerca de 120 milhões de euros.
Se antes os principais
investidores – os chineses – procuravam essencialmente casas de gama média-alta
e edifícios para reabilitar no âmbito dos vistos gold, agora os norte-americanos querem comprar ativos imobiliários de grande dimensão, sobretudo no segmento de retalho, industrial e
turístico.
Esta semana, o fundo de
investimento norte-americano Lone Star
comprou quatro centros comerciais à espanhola Chamartín: os Dolce Vita Porto,
Coimbra e Douro e o Monumental em Lisboa. Um negócio que deverá ter rondado os
500 milhões de euros. O mesmo grupo já tinha comprado, em abril, o Vilamoura,
um dos mais emblemáticos resorts do
Algarve.
Outro fundo de investimento
norte-americano, o Blackstone,
comprou um portefólio ibérico de três centros comerciais, entre os quais o
Almada Fórum e o Fórum Montijo, um investimento que deverá ter superado os 370
milhões de euros. Conforme noticiado pelo Diário Imobiliário, este fundo
comprou também um portfólio logístico do Banif, no valor aproximado de 50
milhões de euros, e o Alverca Park da Imofundos.
Em 2014, o Blackstone pagou 200
milhões de euros à ESAF – fundo do grupo Espírito Santo – por um conjunto de
armazéns na Azambuja, atualmente arrendados à Sonae, e por cinco lojas, arrendadas
a hipermercados Continente (como Loures e Leiria).
Também no ano passado, a Global Asset Capital pagou 55 milhões
de euros pela sede da EDP no Marquês de Pombal, em Lisboa, e por dois edifícios
na Rua Camilo Castelo Branco, que perfazem 24 mil metros quadrados e que
representaram um dos maiores negócios imobiliários de 2014.
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