Compra de imóveis continua a ser o critério principal para atribuição de ARI e os chineses continuam a liderar.
Em agosto foram concedidas 35 Autorizações de Residência para a
Atividade de Investimento (ARI), os chamados vistos gold. De acordo com
dados divulgados pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), o
investimento nos vistos, no mês passado, ascendeu a pouco mais de 21,6 milhões
de euros.
Estas autorizações foram
atribuídas ainda segundo as regras antigas, uma vez que as novas alterações só
entraram em vigor a 3 de setembro, um dia depois do decreto regulamentar ter
sido publicado em Diário da República.
Os investidores chineses continuam a liderar os vistos
dourados. Em termos acumulados, desde outubro de 2012, já foram atribuídas 2.465
ARI, das quais 1.969 foram para a China. Em segundo lugar está o Brasil (89), em terceiro a Rússia (86 vistos) e depois seguem-se a
África do Sul (63) e o Líbano (38). No mês passado, a China
recebeu 12 autorizações, a Rússia sete e o Brasil, a África do Sul e o Líbano receberam
duas.
A compra de bens imóveis continua a ser o critério principal de
atribuição de vistos gold. Em agosto, foram atribuídos 33 vistos pela
compra de imóveis, ascendendo os 19.683.209,55 euros, e dois pela transferência
de capital, num investimento de 2.000.000 euros. No total, já foram atribuídos
2.332 vistos por via da compra de imóveis e 130 por transferência de
capital.
Segundo o SEF, de 8 de outubro de
2012 a 31 de agosto de 2015 o investimento total resultante dos vistos dourados
foi de 1.496.193.4778,03 euros.
De lembrar que, a 23 de fevereiro
deste ano, o vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, apresentou novas alterações
ao regime das ARI, que alargam o investimento de estrangeiros a áreas como a
reabilitação urbana ou ciências. As alterações já foram aprovadas e publicadas
em Diário da República no início de setembro.
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