Depois da fusão da Sagestamo, no primeiro semestre deste ano, agora a holding do Estado quer fazer o mesmo com a Estamo, a Lazer e Florestas e a Consest.
A holding estatal Parpública está a acelerar o processo de
reestruturação das suas participadas que operam no setor imobiliário, para que
todo o processo termine até ao final deste ano. Depois de ter procedido à fusão
da Sagestamo, o grupo prepara já a fusão de mais três empresas.
A primeira fase da reestruturação
deu-se no primeiro semestre de 2015, com a operação de fusão por incorporação
da globalidade do património da Sagestamo
– Sociedade Gestora de Participações Sociais Imobiliárias, SGPS, SA na
Parpública, com efeitos contabilísticos já a partir de 1 de janeiro deste ano.
A segunda fase, de acordo com o
relatório de contas da holding referente ao primeiro semestre deste ano, “corresponderá
à fusão de outras três empresas do grupo [Parpública], a operar na área
imobiliária (Estamo, SA; Lazer e Florestas, SA; Consest, SA), sendo que este projeto de
fusão foi registado já durante o mês de julho”.
No relatório de contas da
Parpública referente ao exercício de 2014, a administração da holding, liderada
por Pedro Ferreira Pinto, tinha já referido que este processo de reestruturação
implica que “de um universo de cinco
empresas, passarão a existir apenas duas: a Parpública e a Estamo, 100%
detida pela primeira, o que representa a redução de três empresas do setor
público empresarial”.
“No plano corporativo, o
principal objetivo assumido pela gestão está relacionado com a reorganização
societária dos negócios da área imobiliária, tendo em vista reforçar o enfoque estratégico
de desenvolvimento do negócio imobiliário do grupo, nas suas diversas
vertentes, com base numa estrutura societária que assegura a racionalização dos
custos de estrutura e operacionais”, lê-se no mesmo documento. Recorde-se que
no ano passado o volume de negócios da Parpública na vertente imobiliária
fixou-se em 76 milhões de euros, após uma quebra de cerca de 33% face ao
exercício precedente.
A par desta reorganização societária,
a holding estatal está também a reforçar
os seus ativos e capitais próprios. No primeiros seis meses do ano, o
Estado injetou 200 milhões de euros num aumento de capital da holding e está
previsto que, até ao final de setembro, entrem mais 95 milhões de euros.
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