A nova taxa, muito contestada pelos proprietários, já rendeu aos cofres camarários nove milhões de euros.
Durante o mês de outubro os
proprietários de imóveis foram notificados para pagar a Taxa Municipal de Proteção Civil (TMPC), a ser liquidada até o final de novembro, que tem sido alvo de fortes
críticas não só por parte dos munícipes, como de algumas instituições como o
Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) ou a Santa Casa da
Misericórdia de Lisboa (SCML). A Câmara Municipal de Lisboa (CML) admite agora repensar
a taxa.
A nova taxa, com que a autarquia
lisboeta pretende arrecadar 18,9 milhões de euros anualmente, visa financiar investimentos
no setor e substituir a Taxa de Conservação e Manutenção de Esgotos. Até agora,
a TMPC já rendeu aos cofres da câmara nove milhões de euros. No entanto, e tendo
em conta a polémica que se gerou em torno da nova taxa, a CML está a equacionar a sua cobrança numa outra altura do ano e também
a sua continuidade em 2019.
João Paulo Saraiva, vereador das
Finanças, num encontro com jornalistas que decorreu na passada segunda-feira,
afirmou que “a ideia é continuar este investimento nos próximos dois anos [além
de 2016] de forma a que depois possamos equacionar nessa altura, em face das
receitas da cidade, a própria continuidade da taxa”. Nessa altura a autarquia
irá decidir “se faz sentido continuar a fazê-lo da mesma maneira ou se podemos
introduzir ajustamentos”.
Recorde-se que há uma petição
pública em defesa do fim desta taxa e que o IHRU, que foi notificado a pagar
25,1 mil euros, prepara-se para contestar a taxa junto da câmara e já se
dirigiu à Provedoria de Justiça para pedir a inconstitucionalidade da norma. A SCML,
com um valor igualmente avultado para pagar, pensa também recorrer aos
tribunais.
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