Para tentar sobreviver à crise em Portugal, as empresas de construção viraram-se para o mercado internacional.
O setor da construção foi um dos
mais afetados pela crise, mas, apesar da queda de alguns indicadores, como o
total do emprego criado, o peso nas exportações, formação bruta de capital fixo
ou peso no valor acrescentado bruto, a construção continua a ter um papel
importante para a economia do país. Segundo noticia o Dinheiro Vivo, o setor
assegura 8% das exportações e 6% do emprego.
Em 2008 o setor da construção respondia
por quase 11% do total do emprego do país. Desde então o valor tem caído
constantemente, ficando pelos 6,15% em 2014. No primeiro semestre de 2015
registou-se uma leve recuperação do
número de postos de trabalho, mas o anúncio dos despedimentos na Soares da
Costa, ontem, mostra que o setor ainda vive dias muito difíceis.
Para a crise na construção, muito
contribuiu o arrefecimento no investimento
e obras públicas. Dados da Eurostat indicam que entre 2008 e 2014 o
investimento público caiu quase 50% – os 6,65 mil milhões de euros de
investimento estatal registados em 2008 caíram para 3,5 mil milhões em 2014.
O valor anual de empreitadas de
obras públicas reflete bem a quebra de investimento público. De acordo com
dados do Instituto dos Mercado Públicos do Imobiliário e da Construção, em 2009
as empreitadas de obras públicas equivaliam a 2,8% do PIB e em 2014 já só
respondiam por 0,8% – isto num período em que o PIB até contraiu 7% de forma
acumulada. Em 2015 a queda continua: os concursos de obras públicas no primeiro
semestre foram 38% inferiores em valor do que o registado no mesmo período do
ano passado.
Para tentar sobreviver ao arrefecimento
em Portugal, as empresas de construção viraram-se para o mercado internacional.
Em 2014, as construtoras conseguiram faturar 5,6 mil milhões de euros nos mercados externos, um valor que,
segundo a Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas, representa “cerca
de 3% do PIB e 8% do total das exportações”.
Comentários
Enviar um comentário