“Não foi recebida qualquer proposta de acordo com os requisitos definidos”, mas foram recebidas “três manifestações de interesse firmes e fundamentadas”.
Terminou ontem o prazo para apresentação
de propostas de compra para os terrenos da antiga Feira Popular, em Entrecampos,
sem que a Câmara Municipal de Lisboa (CML) tivesse recebido qualquer proposta.
No entanto, a autarquia recebeu alguns pedidos para alargamento do prazo.
“Não foi recebida qualquer proposta de acordo com os requisitos
definidos”, mas a CML “recebeu três
manifestações de interesse firmes e fundamentadas, por parte de investidores
devidamente identificados, com solicitação de prorrogação do prazo para entrega
de candidaturas que estão ainda a ser desenvolvidas”, anunciou a autarquia.
A Câmara vai agora “avaliara os
pedidos e anunciará em breve a decisão sobre o seguimento do processo, tendo em
vista a salvaguarda do interesse público e o adequado desenvolvimento da cidade
de Lisboa”.
Ainda antes do anúncio feito pela
autarquia, Luís Lima, presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de
Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), em declarações à Lusa, alertava que este “não é o momento propício” para a
venda. “É um momento de incerteza política, de algum sobressalto. Os
chamados investidores internacionais, até pela dimensão deste investimento,
estão um pouco retraídos”, disse o responsável, acrescentando que “se fosse o
dono do projeto, orientava-o para [uso] habitacional, onde há grande procura”.
Recorde-se que esta era a segunda
tentativa de venda dos terrenos, depois da hasta pública marcada para outubro
ter sido cancelada, também por falta de compradores. Os terrenos iriam hoje
novamente a leilão por um valor base de 135,7 milhões de euros.
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