Comissão que representa o setor preparou um conjunto de questões para apresentar ao Governo, que incluem o IMI, seguro de renda e tributação do património.
A Comissão de Acompanhamento do Mercado do Arrendamento Urbano
(CAMAU) vai solicitar ao novo Governo que os recibos eletrónicos de renda sejam facultativos para todos os
proprietários que não sejam empresas ou empresários em nome individual.
A comissão, criada na sequência
da reforma da lei das rendas, por representantes do setor imobiliário
(associações de inquilinos, proprietários e mediadores imobiliários), reuniu
ontem e já preparou um conjunto de questões que querem ver apreciadas pelo
Governo de António Costa.
Apesar de 87% do total de
proprietários (mais de 330 mil senhorios) já ter a sua situação regularizada, em
declarações ao Económico, Luís Carvalho Lima, presidente da APEMIP, alerta que “há
muitos proprietários que continuam a ter dificuldades de acesso à internet e
que atualmente não estão abrangidos pelas exceções previstas na lei” e, por
isso, defendem que o recibo eletrónico seja facultativo.
A CAMAU quer que o novo Executivo
reveja também as regras de tributação do
património para quem investe em arrendamento, “por forma a que a tributação
possa ser feita pelo rendimento que os imóveis dão e não pela posse ou
propriedade dos mesmos”, diz Luís Carvalho Lima.
O Imposto Municipal sobre Imóveis
(IMI) também está na lista de
assuntos a serem reapreciados, já que, segundo a CAMAU, “continua muito elevado”.
A comissão sugere que sejam reduzidos os limites mínimo e máximo da taxa a
aplicar para 0,2% e 0,4%, respetivamente.
A tributação dos prédios de valor patrimonial tributário superior a um
milhão de euros é outra das questões apontada pela comissão, que defende
que a tributação incida sobre cada fração individualmente e não sobre a
totalidade do imóvel.
A CAMAU irá ainda recordar o
Governo de uma promessa antiga: o seguro
de renda, que, apesar de estar previsto desde o início da reforma do
arrendamento, nunca foi concretizado.
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