Inês Rodrigues descobriu como fazê-lo, iluminou duas aldeias na Guiné-Bissau e ganhou o Prémio Terres de Femmes Portugal.
imagem: publico.pt |
A professora e formadora Inês
Rodrigues, inspirada pelas histórias de vida de alunos oriundos de países
africanos, idealizou um conceito de aldeia
solar onde a iluminação das casas e a conservação e confeção dos alimentos
dispensa qualquer tipo de fio elétrico.
Pegando em garrafas de água, Inês
Rodrigues conseguiu iluminar as
habitações de duas aldeias da Guiné-Bissau, como se de lâmpadas de 50W se
tratassem. Recorrendo à energia solar, criou um sistema fotovoltaico que permitiu também iluminar centros de saúde
e escolas, que vêm permitir assistência média e alfabetização à noite.
Para conservar os alimentos criou
um desidratador solar, para secar e conservar
frutas e legumes sem que estes percam as suas qualidades nutricionais durante dois
anos. Para evitar acidentes domésticos causados pela utilização do fogo e
diminuir o abate de árvores para obtenção de madeira, Inês criou ainda um forno solar que permite confecionar uma
refeição para uma família de cinco elementos em cerca de uma hora.
Para desenvolver os seus
projetos, a professora portuguesa criou a Educafrica,
Organização Não Governamental que preside, onde os voluntários estudam e
desenvolvem soluções para problemas reais vividos na Guiné-Bissau.
Este projeto, com o nome “Tabanca
Solar”, valeu-lhe o Prémio Terres de
Femmes Portugal, da Fundação Yves Rocher, que anualmente destaca um projeto
ecológico levado a cabo por uma mulher portuguesa. Inês Rodrigues ganhou assim
o título de eco-cidadã do ano, um prémio pecuniário no valor de 10 mil euros e
entra na corrida ao Prémio Internacional (a disputar com outros oito países) e
ao Prémio do Público no valor de 5 mil euros (sujeito a votação online, de 9 a
27 de março).
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