Estado troca terrenos por quadros de Vieira da Silva


Em causa estão seis obras avaliadas em 6,6 milhões de euros.





Os herdeiros do colecionador Jorge de Brito aceitaram uma proposta do Estado para trocar seis quadros da pintora Maria Helena Vieira da Silva, dos quais são proprietários, por terrenos.

“Nós aceitámos uma proposta na última reunião, que teve lugar no dia 1 de março”, anunciou João de Brito, um dos herdeiros do colecionador, à Lusa. As obras, avaliadas em 6,6 milhões de euros, tinham sido emprestadas pelos proprietários à Fundação Arpad Szenes – Vieira da Silva, num acordo de cedência que terminou no final de 2015, altura em que entraram em negociações com o Governo.

Em causa estão seis quadros da pintora portuguesa, que se naturalizou francesa em 1956, – “Novembre” (1958), “La Mer” (1961), “Au fure t à mesure” (1965), “L’Esplanade” (1967), “New Amsterdam I” e New Amsterdam II” (1970) –  que seriam vendidos em leilão, caso o Estado não mostrasse disponibilidade para adquiri-los.


Resta apenas determinar a localização e o tipo de terreno de que o Estado vai abrir mão. “O Governo está a analisar questões internas para decidir como efetivar a operação que foi proposta”, conta João de Brito, acrescentando que o processo deve demorar “cerca de um mês”.

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