Bancos portugueses têm mais de 7 mil milhões em imobiliário


Na maioria, são ativos não habitacionais: lojas, armazéns e escritórios.





Depois de um pesado número de habitações de famílias que deixaram de pagar as prestações do crédito, os bancos vêem-se agora a braços com uma grande carga de imóveis não habitacionais, resultado das falências. Atualmente, os cinco maiores bancos a operar em Portugal têm mais de 7 mil milhões de euros em imóveis, na sua maioria lojas, armazéns e escritórios.

No final do ano passado, as cinco principais instituições financeiras do país somavam 7,18 mil milhões de euros em imóveis, mais 993 milhões de euros (16%) do que em 2014. Para tentar escoar esses ativos, os bancos têm lançado várias campanhas e alguns leilões, oferecendo preços mais competitivos e condições de financiamento mais atrativas.

De acordo com informação do Jornal de Negócios, o Novo Banco é a instituição com maior número de imóveis em carteira: no final de 2015 tinha 3,57 mil milhões de euros, enquanto o BCP contava com 2 mil milhões e a CGD com 1,24 mil milhões. Luís Lima, presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), explica que o elevado valor dos ativos em carteira deve-se ao facto de serem “não habitacionais de grande dimensão, como centros comerciais ou terrenos industriais”.


Numa análise feita aos sites de nove bancos, dos 19.883 imóveis publicados apenas 34,7% são casas, sendo os restantes 65,3% terrenos, garagens, escritórios, lojas, armazéns, entre outros.

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