“Só vamos conseguir ter projetos urbanos integrados sustentáveis se a construção passar a incorporar mais construção metálica nos seus projetos.”
A construção metálica
representou, em 2014, um volume de negócios anual de mais de 3.500 milhões de
euros, de acordo com dados avançados esta semana pela Associação Portuguesa da
Construção Metálica e Mista (CMM), aquando da conferência “Steel Talk”, que decorreu na Faculdade de Arquitectura do Porto.
O setor garante mais de 26.000 postos de trabalho diretos e exporta 80% da produção nacional. Nos
últimos anos, este tipo de construção tem ganho ânimo, com a industria do aço a
registar uma evolução tecnológica
significativa, tornando os materiais 100% recicláveis e resolvendo vários
problemas da construção tradicional. Tem, por isso, “uma importância que deve
ser considerada pela indústria”, diz Luís Simões da Silva, presidente da CMM.
E essa importância tende a ser cada
vez maior, com as cidades cada vez mais “verdes”, exigindo soluções
inteligentes, sustentáveis e com o mínimo de desperdício. Na opinião de Luís
Simões da Silva, “só vamos conseguir ter
projetos urbanos integrados sustentáveis se a construção passar a incorporar
mais construção metálica nos seus projetos, uma vez que este tipo de
construção apresenta um vasto número de vantagens, quer em termos económicos
quer em termos ambientais, quando comparada com a construção tradicional. Ao
juntarmos sustentabilidade, impactos socio-ambientais e pegada ecológica com a
arquitetura e construção, percebemos que é obrigatório repensar os projetos e a
forma como as cidades devem passar a ser construídas”.
O responsável salienta ainda a importância
que esta industria pode ter para a reabilitação urbana e lembra o princípio da
reversão da construção metálica, que tornará muito mais fácil a tarefa de
reabilitar os edifícios daqui a 100 anos.
“Sabemos hoje que um terço dos
edifícios portugueses está degradado e precisa de intervenção. Só a capital tem
mais de cinco mil edifícios devolutos. A construção metálica adapta-se
facilmente às exigências das zonas urbanas com acessos e espaços reduzidos, uma
vez que é estruturalmente mais leve, permite uma maior flexibilidade e um menor
prazo de execução.”
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