A GPC – Global Portuguese Construction quer voltar-se para os mercados de Espanha, França, Reino Unido, Colômbia, Peru e Cuba.
As empresas portuguesas do setor
da construção juntaram-se numa única marca, a GPC – Global Portuguese Construction, para se promoverem no
exterior e compensar as quebras em África. Espanha, França, Reino Unido,
Colômbia, Peru e Cuba são os mercados prioritário.
Esta é a estratégia subjacente ao
projeto “Rede Internacional da Construção Portuguesa”, apresentado ontem no
Porto, que, com o apoio do Portugal 2020, quer marcar o futuro do setor em 2016
e 2017.
Em termos de internacionalização
o setor vive “uma situação particular e
preocupante”, com o seu principal mercado – Angola – a atravessar sérios
problemas, com Moçambique a evoluir a um ritmo abaixo do esperado e com o
Brasil a revelar-se “muito complicado”, conta Reis Campos, presidente da
Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Pública (AICOOPN). Em
2014, África representava 63% do volume de exportação do setor e Angola 38%.
“Há que alargar esta plataforma
de internacionalização e abrir novos caminhos”, segundo o responsável. Para
isso, estão já previstas várias missões empresarias em diversos mercados, sendo
a primeira já em agosto deste ano, à Colômbia.
Em 2014 a internacionalização do
setor da construção e do imobiliário valia cerca de 10,4 mil milhões de euros
(31,5% do volume de negócios da fileira), 5,6 mil milhões dos quais relativos à
construção, 2,3 mil milhões a produtos de construção e 1,7 mil milhões a
serviços de engenharia e arquitetura, números que dão ao setor um peso de 16,6%
no total do mercado externo português.
“Este Governo encarou já, em
algumas medidas, o setor da construção e do imobiliário como um setor
necessário para o país. Nós só queremos fazer as obras que o país precisa e,
por isso, queremos que o plano PETI (Programa Estratégico dos Transportes e
Infraestruturas) avance, porque eram seis mil milhões até 2020, mas das 53
obras previstas temos só 16 no terreno, e uma delas – o Túnel do Marão – está a
acabar”, avança o presidente da AICOOPN, acrescentando que “se houver uma ajudazinha do estado em
termos de investimento público o setor pode mudar de ciclo. Caso contrário,
retrocederá”.
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