Estrangeiros e emigrantes isentos de IMI por falha na lei


A Autoridade Tributária atribui uma isenção automática através do cruzamento das bases de dados do IRS e do IMI, o que já criou um “furo” de 57 milhões de euros para o Estado.




A par do que acontece com as famílias que apresentam baixos rendimentos, também alguns emigrantes e estrangeiros que residem em Portugal e que não declaram cá no país os rendimentos estão isentos automaticamente do pagamento de IMI.

Para se estar isento do pagamento de forma automática, basta que os imóveis pertencentes ao agregado não ultrapassem o valor patrimonial tributário de 66.500 euros e que os rendimentos brutos anuais também não ultrapassem os 15.295 euros. Desta forma, vários emigrantes e estrangeiros que não fazem os descontos em Portugal e que não têm imóveis acima do valor referido acabam por estar isentos do pagamento do imposto.

Segundo o Negócios, com o cruzamento das bases de dados do IRS e do IMI, já houve uma perda de 57 milhões de euros para o Estado, só no que diz respeito à primeira prestação do imposto.


Eduardo Cabrita, ministro Adjunto, em declarações ao Negócios admitiu que a situação “não é aceitável” e garantiu que este problema irá ser corrigido “já no próximo Orçamento de Estado”.

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