Várias associações de cidadãos assinaram uma carta aberta
dirigida ao Governo, deputados e município, que exige uma Lisboa “vivida por todos, não
apenas consumida por alguns”. Os signatários pedem incentivos à
colocação de imóveis devolutos no mercado, diferenciação fiscal para fins
turísticos e mecanismos de controlo das rendas.
A carta é subscrita
pela Academia Cidadã, Associação de
Inquilinos Lisbonense, Associação de Moradores do Bairro Alto, Coletivo Habita,
Associação pelo Património e População de Alfama, Renovar a Mouraria e o
movimento "Quem Vai Poder Morar em Lisboa?”. O arquiteto Manuel
Graça Dias também é um dos signatários da carta que ainda está a recolher
assinaturas.
A culpa, segundo a carta, é
sobretudo da lei dos arrendamentos que desde 2012 facilitou os despejos por
parte dos senhorios.
O centro tem uma “oferta
insuficiente”, e os preços continuam a aumentar. O centro de Lisboa "está-se a tornar num privilégio dos mais ricos”, onde há cada vez menos jovens e
comunidades.
“Nos últimos três/quatro anos, os
preços da habitação para arrendamento aumentaram entre 13% e 36%, e para
aquisição subiram até 46%, consoante as zonas da cidade”, descreve a
carta, citada pelo Público.
Os benefícios fiscais oferecidos aos
cidadãos estrangeiros também são vistos com injustiça. A carta aponta o “Regime
Fiscal para Residentes Não Habituais” e o “Golden Visa Portugal” de terem
criado acesso desigual ao mercado.
Por fim deixam o apelo a uma “capital,
que se pretende habitada, plural e diversificada, uma cidade para ser vivida
por todos e não apenas aceleradamente consumida por alguns.”
Comentários
Enviar um comentário