Em Portugal existem entre 60 a 70 mil casas que ninguém quer
comprar. Calcula-se que a maioria esteja localizada no interior do
país, mas também há muitas na periferia das grandes cidades.
A notícia é dada pelo Expresso, que identifica estas casas
como “inseridas num urbanismo mal conseguido e pouco funcional”, com maus
acessos, acabamentos de baixa qualidade e áreas muito reduzidas.
Não há dados estatísticos que suportem a informação
transmitida pelo Expresso. A estimativa é feita pelos técnicos da Confederação
Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI) e pela Associação dos Profissionais
e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP) que não quiseram
revelar casos particulares para não prejudicar possibilidades de venda, mas que
confirmam que há muitas casas que ninguém quer em zonas como Valongo, Gaia,
Gondomar e no Grande Porto. Mais para sul, Almada, Loures, Mira Sintra, Santo
António dos Cavaleiros, Seixal, Alcochete, Montijo, Amadora e Cacém também têm
casas rejeitadas pelos compradores. O Expresso refere também a região do Algarve,
mas não especifica as zonas.
Através do contacto com diversos especialistas ligados ao
imobiliário, o Expresso concluiu que se há casas que não são vendidas isso se
deve à desadequação entre o preço da oferta e da procura.
Segundo a opinião de vários mediadores imobiliários, uma
casa pode ser dada como “caso perdido” ao fim de dois a três anos no mercado.
O mercado imobiliário tem notado uma séria recuperação, mas
há casas que continuam a não se conseguir vender. As soluções apresentadas
passam pela absorção destas casas pelo Estado, a fim de as tornar em habitação
social, e vão até à demolição.
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