Estado já não vai vender terrenos florestais sem dono

A proposta de lei inicial que pedia para que os terrenos florestais sem dono ficassem na posse do Estado, para depois serem vendidos a terceiros, foi inviabilizada por uma nova proposta. A mais recente concorda que os terrenos sem dono devem ficar nas mãos do Estado, mas que não devem poder ser vendidos.

Fonte: Pixabay

Esta alteração surgiu no âmbito da discussão sobre o pacote legislativo para a reforma das florestas. Segundo a mesma, os prédios rústicos ou predominantemente rústicos de utilização florestal sem dono serão registados a favor do Estado, mas este não os poderá vender. Nem mesmo após 15 anos, que é o prazo mínimo previsto na lei para usucapião.

Os terrenos cujo o dono não é conhecido vão passar a integrar o banco de terras do Estado, e a sua gestão será assumida pelo próprio Estado ou cedida a Entidades de Gestão Florestal.

Os donos dos terrenos que serão registados em nome do Estado têm 15 anos para reclamar a posse dos terrenos, comprovando a legitimidade dos mesmos. Durante esse período de tempo o Estado, apesar de não poder vender os terrenos, vai poder arrendá-los a privados.

Ao fim de 15 anos os prédios, agora no domínio do Estado, podem ser vendidos, com exceção dos terrenos florestais que com a nova proposta de lei ficarão para sempre no domínio do Estado.

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