Após 12 anos sem um responsável dedicado unicamente à
habitação no Governo, António Costa anunciou no debate do Estado da Nação que
vai criar uma secretaria de Estado da Habitação.
2005 Foi o último ano em que houve um titular responsável
pela pasta.
A dinâmica atual do mercado imobiliário requer mais atenção
sobre o setor. No mercado de arrendamento escasseiam casas para arrendar e as
que existem têm uma renda muito elevada. Problema que já está a sair dos centros das
grandes cidades para as periferias.
O alojamento local também é um dos assuntos que mais
discussão tem causado nos últimos tempos e há várias propostas para regular a
atividade.
“A habitação tem de ser uma nova área prioritária nas
políticas públicas, dirigida agora às classes médias e em especial às novas
gerações, não as condenando ao endividamento ou ao abandono do centro das
cidades, promovendo a oferta de habitação para arrendamento acessível”, referiu
António Costa durante o debate.
O presidente da Associação de Inquilinos Lisbonenses(AIL),
Romão Lavadinho, está satisfeito com o anúncio que considera uma “ótima decisão”.
Há muito que a associação defendia a criação de uma pasta especifica para
habitação que “permitirá discutir as questões em concreto”. No entanto o
presidente da AIL alerta para o facto de “termos de ver quem é o secretário de
Estado, se percebe ou não alguma coisa disto e se está disponível para dialogar”
com o setor.
Já o presidente da Associação Lisbonense de Proprietários,
Luís Meseses Leitão, vê a decisão com “ironia”, uma vez que considera que esta
decisão é unicamente traduzida na criação de “mais um posto no Governo”.
Até aqui o Governo tem feito algum esforço para melhorar as
condições na habitação, mas as melhorias tardam a chegar. As apostas na reabilitação
urbana e o financiamento de obras para habitação destinada a arrendamentos mais
acessíveis têm sido uma constante mas são necessários resultados mais
imediatos.
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