O grupo de ativistas denominado de Assembleia de Ocupação de Lisboa (AOLX) ocupou um prédio em Arroios na sexta-feira. A ideia é alertar para os problemas relacionados com a habitação em Lisboa e criar ali um espaço público que sirva para todos.
Fotografia: Facebook AOLX
Não houve necessidade de arrombar nada. A porta do número 69
da Rua Marques da Silva estava encostada e o edifício em si, há muito devoluto.
O grupo limpou o entulho que se havia acumulado ao longo dos anos no e pendurou uma faixa à janela que diz "A Cidade é de quem a Ocupa".
Segundo o Jornal I a AOLX fez um levantamento das casas da
Câmara Municipal de Lisboa que estariam desocupadas. Ao todo seriam 10, mas uma
análise mais detalhada mostrou que 8 dessas casas já tinham sido vendidas. Das duas opções que sobraram, a assembleia
optou por ocupar este prédio em Arroios como forma de reivindicação.
O grupo diz não estar ligado a qualquer partido, sindicato
ou associação e que apenas quer defender a cidade de Lisboa da gentrificação e especulação imobiliária.
“Somos apenas 20 pessoas que se conhecem e que se
juntaram depois de perceber que Lisboa se está a transformar num negócio”,
contou o porta-voz do grupo Tiago Duarte ao I.
O grupo limpou o espaço, que tem um total de 8 frações, e organizou no domingo uma assembleia para discutir o destino
final da casa, onde estiveram presentes cerca de 150 pessoas.
Por enquanto a ideia passa por utilizar o espaço
para usufruto público, criando assembleias de discussão sobre assuntos
relacionados com habitação, workshops e aulas de música.
A AOLX informou a Câmara Municipal de Lisboa
sobre a ocupação, mas ainda não obteve qualquer reação. O grupo planeia também apresentar
à Câmara as ideias que reuniram para o espaço.
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