As plataformas de financiamento coletivo são uma alternativa ao financiamento bancário que já chegou ao setor imobiliário. A ideia surgiu no Reino Unido em 2005 mas só chegou a Portugal no final de 2016, com a Portugal Crowd (PC).
Apesar da plataforma já estar online desde o ano passado e
de já ter realizado 18 oportunidades de investimento, financiando mais de 200
mil euros, falta ainda uma legislação reguladora.
Apesar deste vazio legislativo a Portugal Crowd já está online desde o ano passado e permite a qualquer pessoa emprestar (investir) entre 50 a 2.499 euros a outra pessoa que dá um imóvel como garantia hipotecária.
“Sempre que se angaria a totalidade do pedido de empréstimo
são celebrados múltiplos contratos de mútuo com garantia real hipotecária
diretamente entre pessoas e os beneficiários dos empréstimos” segundo explicou
o responsável da Portugal Crowd, citado pelo Idealista.
“Em média, cada investidor aplica cerca de 100 a 150 euros
numa oportunidade. [Pretendem] atingir os 7 mil investidores até ao
final do ano e meio milhão de empréstimos obtidos por via da plataforma”
informou Bruno Libreiro, fundador da Portugal Crowd.
Este género de investimento ainda não é uma realidade assente
em Portugal devido à falta de regulamentação de lei já aprovada. Contudo
existem já empresas a preparar o lançamento de plataformas de financiamento coletivo
semelhantes à PC.
É o caso da promotora JPS Group, que está a preparar o
lançamento da Capital Crowd, uma plataforma de angariação de capital para
projetos imobiliários do grupo, segundo revela o Expresso.
Apesar de muitos considerarem este tipo de projeto como
crowdfunding, o fundador da PC garantiu ao Idealista que não é este o caso, já
que “se trata de uma plataforma de crowdlending e não de crowdfunding”. Pois
neste caso, não é a PC que faz a custódia dos valores investidos, mas sim a
Lusopay, “que é uma instituição de pagamentos autorizada e supervisionada pelo
Banco de Portugal”.
O jornal Expresso deixa também um alerta da DECO sobre a
este género de plataformas que aconselha “a ler as letras pequenas, as
condições gerais que existem nos sites e a perceber qual é o objeto final do
empréstimo”.
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