O Serviço de Estrangeiro e Fronteiras (SEF) não está a aceitar mais marcações sobre Vistos Gold até novembro, segundo informou o presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), Luís Lima ao jornal Púbico. Há diversas renovações que já deveriam estar concluídas e novas adesões, mas o serviço não tem capacidade para responder aos pedidos.
"Tenho pena porque foi um sistema que
ajudou muito à recuperação do sector imobiliário e trouxe muito dinheiro para o
país. Felizmente para nós, não dependemos apenas dos investidores estrangeiros
que vêm através dos programas”, desabafou Luís Lima.
Para o presidente da APEMIP esta situação traz
má reputação a Portugal e afirma que “se calhar preferia que acabassem com o
programa", uma vez que não está a funcionar bem.
Os Vistos Gold atraíram milhões de euros em
investimento estrangeiro para Portugal, potencializaram a reabilitação urbana e
fizeram mexer o mercado imobiliário. Contudo, os meios de atribuição e regulação
dos vistos ainda não estão em pé de igualdade com a procura.
Para a diretora executiva da imobiliária Remax, Beatriz Rubio, os tempos médios de aprovação têm vindo a reduzir desde abril, mas mesmo
assim ainda não são ágeis o suficiente.
“O ritmo de aprovações é muito lento e diminuto
em face dos processos submetidos/existentes”, explica a diretora
executiva.
China, Brasil, África do Sul, Líbano e Rússia
são as nacionalidades que mais se destacam na adesão aos Vistos Gold. Existe
também um crescente procura de outros países da Ásia e Médio Oriente mas não há
certezas de que o SEF consiga agilizar a atribuição destes vistos.
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