Um levantamento sobre as condições de habitação em Portugal revelou que faltam 18.500 fogos para responder às necessidades de habitação existentes em Portugal, segundo avançou o ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, durante uma audição no parlamento sobre o Orçamento de Estado para 2018 (OE2018).
A contabilização foi feita através dos dados extraídos de
144 municípios, mas o levantamento só deve estar terminado no final do ano.
Segundo o Idealista, o ministro do Ambiente considera que as
autarquias devem ter um maior envolvimento nas políticas de habitação, sem que
isso signifique a retirada de responsabilidades do Governo sobre este tema.
Matos Fernandes explicou que o OE2018 pretende ir de
encontro às necessidades sociais da população. Assim esperam atingir 5% das
habitações existentes com apoio público, criando pacotes de incentivo que sejam
aliciadores a todo o tipo de senhorios.
A percentagem fica abaixo da média europeia, mas é um avanço.
“Por trás disto está a vontade de transformar
aquilo que é o hábito dos portugueses de comprar no hábito de arrendar, reduzindo a taxa de esforço das famílias de 35% para 27%. O valor dos 5% é
ainda um valor que fica abaixo da média europeia, mas é de facto um esforço
muito grande que temos de cumprir a partir das nossas condições de base e, por
isso, a expectativa de tempo que temos é de oito anos para o conseguir.”,
esclareceu Matos Fernandes.
Apesar dos apoios já existentes, o aumento do
preço tem tornado a compra, ou o arrendamento, incomportáveis para muitas
famílias. Com o OE2018, o Governo espera colmatar algumas das falhas existentes
no que toca a habitação, mas a solução para o problema deve demorar mais alguns
anos.
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