A Câmara Municipal de Lisboa vai fazer um levantamento do número de unidades hoteleiras por freguesia para apurar o nível de capacidade máximo a equilibrar com o número de habitações permanentes. Esse levantamento vai cobrir também o número de alojamentos locais.
A medida surge no seguimento de um acordo assinado entre o
Bloco de Esquerda e o PS para o novo mandato da Câmara Municipal de Lisboa. A
ideia é impor um travão ao novo licenciamento de unidades hoteleiras e
alojamento local.
Desde 2010 o número de ofertas em hotelaria aumentou 70% no
centro de Lisboa, deixando a oferta de habitação permanente muito aquém do
necessário, segundo refere o site noticioso ECO.
A medida deve avançar já no próximo ano e irá implicar também
uma revisão no Plano Diretor Municipal. O levantamento será feito por freguesia
e por isso cada uma terá quotas máximas diferentes para unidades hoteleiras e
alojamento local.
“A hotelaria absorve muito do que pode ser espaço habitacional.
Aquilo que o alojamento local faz, de pressionar a habitação, a indústria
hoteleira também faz, portanto, estas quotas máximas também devem aplicar-se à
indústria hoteleira tradicional”, defende Ricardo Robles, vereador do
Bloco de Esquerda da Câmara Municipal de Lisboa.
Os preços cada vez mais elevados da habitação permanente em Lisboa
e a escassez de oferta têm atirado os moradores do centro da cidade para os
arredores, situação que esta nova medida espera travar.
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