O investimento estrangeiro tem sido uma constante no mercado imobiliário português. Em 2017 um quarto das casas vendidas foram compradas por estrangeiros, segundo informa o Diário de Notícias (DN).
Ao todo foram vendidas 152 mil casas no ano passado, uma
subida de 25 a 30% quando comparado a 2016, segundo revelam os dados fornecidos
pela APEMIP (Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária em
Portugal).
Portugal é um país com bastantes atrativos para cidadãos estrangeiros.
O clima, a segurança e a qualidade de vida são os principais atrativos que
unidos ao valor das casas atraem cada vez mais cidadãos estrangeiros, quer para
morar como para investir.
É o caso de Mariah Rangel, uma cidadã brasileira que trocou
o apartamento que tinha em Paris por uma casa em Cascais.
“Com 65% do valor da venda de 75 metros quadrados
em Paris comprei um apartamento de 250 metros quadrados em Cascais e ainda
guardei 35%.”, revela Mariah ao DN.
Apesar do preço das casas ter vindo a aumentar
exponencialmente nos últimos anos, o valor ainda está longe dos limites que
investidores estrangeiros aceitam pagar.
“Em Lisboa, o metro quadrado até pode passar para
7000 euros, há estrangeiros que pagam”, afirma Luís Lima, presidente da
APEMIP.
Por enquanto o preço por metro quadrado em Lisboa fixou-se em 2796
euros em dezembro, segundo o Índice de Preços da Habitação medido pelo
Idealista. Este valor significa uma subida de 36,92% face ao ano de 2016 e as
previsões apontam para um ano de 2018 igualmente favorável.
Dados do Sistema de Informação Residencial (SIR) apurados pela
Confidencial Imobiliário confirmam que entre janeiro de 2016 e junho de 2017
não houve uma única freguesia de Lisboa que tenha ficado sem investimento
estrangeiro. E em média os estrangeiros pagam mais 94 mil euros pelas casas do
que os portugueses.
As principais zonas de interesse para o investimento estrangeiro são Lisboa, Porto e Algarve e o restante litoral.
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