O preço das casas para arrendar em Portugal registou uma subida de 26% em 2017 face ao mesmo período de 2016. O concelho onde se verificou a maior subida foi Lisboa.
Segundo os dados do portal Imovirtual,
arrendar casa em Lisboa custa em média 14 euros/ metro quadrado. Cascais ocupa
o segundo lugar da lista dos concelhos mais caros com preços médios de 12,90
euros/ metro quadrado, seguido por Oeiras em que os preços médios são de 10,40
euros/ metro quadrado para arrendar uma casa. Fora do pódio estão o Porto e Loures
com 9,73 euros/ metro quadrado e 8,81 euros/ metro quadrado, respetivamente.
A grande procura e escassez de oferta
é um dos motivos apresentados para o aumento de preços. Os concelhos mais
procurados para arrendar casa são Lisboa, Porto, Sintra, Cascais e Amadora.
O preço médio para arrendar casa no
distrito de Lisboa subiu 28% em 2017, no Porto subiu 10% e Setúbal registou um
aumento de 8% face a 2016.
Segundo dados da Associação dos
Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP) “quase
75% do stock para arrendamento é
escoado em menos de três meses”.
“Não é de agora que se registam estes desequilíbrios entre oferta
e procura no arrendamento. Desde há muito que a APEMIP tem realçado este
fenómeno, que se tem vindo a acentuar, uma vez que a falta de oferta tem
incitado ao aumento de preços, sobretudo nas principais cidades, onde os
valores de oferta estão longe de estar ao alcance das possibilidades das
famílias portuguesas”, declarou o presidente da APEMIP, Luís Lima.
O barómetro da APEMIP indica que 50% dos negócios de arrendamento
realizados em dezembro de 2017 situaram-se entre os 300 os 500 euros, o que revela
o intervalo de preços mais procurado pelas famílias portuguesas.
O presidente da APEMIP sublinhou também o facto de “ser cada vez
mais difícil encontrar casas a estes preços e grande parte dos jovens e
famílias acabam por aceitar arrendar por valores que ultrapassam a sua taxa de
esforço”. Segundo Luís Lima, “a habitação em Portugal está a caminhar
para uma situação perigosa” em que “as famílias se deparam com o fenómeno nem – nem (nem conseguem arrendar, nem
comprar casa).
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