Os cidadãos que ocuparam o prédio do número 69 da Rua Marques da Silva, em Arroios, a 15 de setembro de 2017 foram despejados esta semana. A ocupação foi uma forma de protesto contra a especulação imobiliária.
Segundo os despejados contaram em comunicado, o
despejo foi ilegal uma vez que a polícia não se fazia acompanhar pelo despacho
assinado pelo Vereador do Pelouro do Planeamento, Urbanismo,
Património e Obras Municipais. Os ativistas dizem também não ter sido
notificados sobre o despejo.
Os cidadãos que ocuparam o prédio em setembropertencem à AOLX (Assembleia de Lisboa), grupo constituído após a ocupação.
Segundo os membros da AOLX, a ocupação era mais do que um protesto contra as condições habitacionais em Lisboa, era uma forma de dar vida a um prédio que
estava deixado ao “abandono”.
“A ocupação desta casa não se limita a retirá-la
das malhas da especulação, queremos fazer dela um espaço de usufruto social,
seja habitacional, educativo ou cultural”, explicaram os ativistas ao
jornal Sol.
Depois do despejo, cerca de 15 ativistas dirigiram-se à Assembleia Municipal de Lisboa ( AML) para se manifestarem contra
a desocupação. Os ativistas
interromperam a reunião envergando duas tarjas onde se podia ler “3.878 casas na
Câmara Municipal de Lisboa vazias. Ainda mais uma.” e “E o despacho? Ficou
no carro.”
A presidente da AML pediu para que as tarjas
fossem recolhidas, mas os protestantes não anuíram, como mostra este vídeo:
Segundo a autarquia, “no momento da intervenção o
imóvel estava totalmente desocupado, com evidência de obras em curso e de
utilização recente”.
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