80% Das casas que foram vendidas em 2017 foram vendidas em menos de seis meses, segundo revela o estudo da APEMIP (Associação dos Profissionais e Empresas de Mediadores Imobiliário de Portugal).
Há dois anos uma casa demorava em média dois anos a ser
vendida. No último ano, 80% das casas foram vendidas em menos de seis meses.
Sendo que 55,6% das transações foram realizadas com montantes até 175 mil
euros.
“É absolutamente fabuloso assistir a esta dinâmica, sobretudo
quando comparada com aquela que existia há cerca de dois/três anos, em que os
ativos em carteira levavam até dois anos a ser transacionados”, explica
o presidente da APEMI, Luís Lima, em comunicado.
Segundo o relatório da APEMIP, apenas 4,4% das casas ficaram no
mercado mais de um ano.
As tipologias mais vendidas foram T1 e T2 (aproximadamente 61%),
seguindo-se T3 com 31% das transações efetuadas.
"Este é um bom indicador daquilo que é o grosso da procura
das famílias, informação que pode e deve ser tida em conta logo que haja o
desejado regresso à construção nova”, alertou Luís Lima. O presidente da
APEMIP recordou que a escassez de oferta é um dos principais motivos para o
aumento dos preços e deixou claro que o regresso da construção nova é “inevitável”
para que o mercado imobiliário possa voltar a estar equilibrado.
“Ao construirmos novo, estaremos a criar vantagens para as
famílias, que encontrarão no mercado ativos à medida das suas possibilidades,
para as imobiliárias, que terão mais produto para comercializar e para suprir
as necessidades dos seus clientes, para a banca, que garantirá dividendos por
via do financiamento ao investimento e por via do crédito à habitação, para as
construtoras, que voltarão ao ativo criando mais emprego, e para o próprio
mercado imobiliário que tem necessidade de aliviar os preços e de dar resposta
às necessidades habitacionais”, esclareceu Luís Lima.
O estudo da APEMIP foi realizado com base nas empresas suas associadas
e aponta para o facto de maior parte do dinamismo ser registado no mercado
habitacional.
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