Há um ano atrás a Câmara Municipal do Porto lançou o Edifício Transparente para hasta pública com o valor base de licitação de 8 milhões de euros. Como ninguém acedeu ao leilão, a câmara lançou um processo de ajuste direto que permite a venda por um valor até 5% abaixo da base de licitação. Mesmo assim não houve interessados.
O que se passa com o Edifício Transparente, no Porto, para
não atrair nenhum comprador mesmo que a preço de saldo?
Segundo o Público, em novembro de 2017, o LNEC (Laboratório
Nacional de Engenharia Civil) divulgou um relatório que revela que o edifício
apresenta diversas anomalias que “envolvem um risco que pode
provocar danos contra a saúde e a segurança das pessoas”.
O processo de ajuste direto foi lançado há um ano, sem que
durante esse tempo aparecesse qualquer interessado.
O edifício foi desenhado pelo arquiteto espanhol Solá-Morales,
no âmbito do Porto Capital Europeia da Cultura e foi apresentado a leilão a 16
de fevereiro de 2017 por um valor base de 7,96 milhões de euros.
O relatório do LNEC indicava que o edifício padece de
patologias de diversos tipos, “quer de construção, quer de
manutenção” e algumas são “críticas”.
Para já, não está marcada uma nova hasta pública. Contudo, o
edifício foi concessionado à HotTrade em 2004 e esta deveria ser responsável pela
sua manutenção até 2024.
A HotTrade foi contactada pela Lusa mas recusou-se a prestar
declarações, dizendo não ter conhecimento do relatório do LNEC.
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