O Dinheiro Vivo revela que há cada vez mais pessoas a ganhar dinheiro com a venda da sua posição no contrato de compra e venda a terceiros. Autoridade Tributária (AT) está de olho nestes negócios que são obrigados a pagar mais-valias.
Todos querem ganhar dinheiro com o imobiliário. A crescente
procura por habitação e a escassez de oferta origina o aparecimento dos
negócios mais originais, contudo este já é repetente.
Segundo Luís Lima, presidente da Associação dos
Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária (APEMIP) este negócio já era uma
realidade antes da crise. Altura em que esteve na moda comprar casas ainda em planta, e
que se verificava com frequência que, quem vinha efetivamente a habitar no
imóvel, “era já o quatro ou quinto comprador”.
Com a crise, este negócio abradou ou quase desapareceu, mas agora
está de volta.
São cada vez mais os casos de pessoas que avançam com o sinal para
reservar uma casa apenas para depois venderem esse sinal a outro comprador que
esteja interessado no imóvel.
Este negócio é completamente legal. O que não é legal é vender a
posição por um valor acima do sinal dado sem que se pague o Imposto Municipal
sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT) ao Fisco.
Há cada vez mais casas a serem vendidas ainda em planta, e cada
vez mais casos de pessoas que querem vender a sua posição contratual.
Estes negócios, fruto da boa saúde do mercado imobiliário, devem
proliferar nos próximos anos, já que a Cushman & Wakefield prevê um valor
de transações entre 3 e 5 mil milhões de euros, em 2018, apenas na área
comercial. A CBRE também prevê que os investimentos em 2018 ultrapassem os 2,2
mil milhões de euros registados em 2017.
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