Escritórios estão a ser transformados em habitação


Antigos espaços de escritórios em Lisboa e no Porto estão a ser convertido em habitação, devido à elevada procura nos centros das cidades. A escassez de escritórios é cada vez maior, mas por outro lado o mercado da habitação é cada vez mais rentável.


A procura por habitação não parou de crescer nos últimos cinco anos. Segundo dados do INE, em 2017 foram vendidas 153 mil casas, mais 20,6% do que no ano anterior.

Devido à escassez de oferta e para responder a esta procura, os investidores estão a optar por transformar antigos espaços de escritórios em habitação. Um desse exemplos é o antigo edifício do Diário de Notícias, que foi convertido em habitação, numa zona prime de escritórios.

“O setor residencial continua a ser mais rentável no centro da cidade, o que leva à mudança de uso de alguns imóveis de escritórios mais antigos ou obsoletos e que poderá acentuar uma tendência de descentralização da histórica zona prime de escritórios”, prevê a consultora Cushmans and Wakefield, ao Diário de Notícias (DN).

No mercado dos escritórios, a procura já ultrapassa a oferta que muitas vezes é desajustada e antiquada.

Segundo o DN, em Lisboa há 4,64 milhões de m2 de escritórios, desse 8,6% estão desocupados (400 mil m2) e pouco mais de 250 mil localizam-se no concelho de Lisboa. Sendo que há “uma clara escassez de escritórios com qualidade de média e grande dimensão”.

No Porto, a oferta é de 1,5 milhões de m2. Sendo que 800 mil m2 se situam na cidade do Porto e a taxa de disponibilidade é inferior a 11%.

A oferta de escritórios com qualidade é escassa. A maior parte da oferta que existe é antiquada e não se adequa à procura. Por outro lado o mercado da habitação é cada vez mais atrativo, devido aos incentivos à reabilitação e da facilidade rentabilização do investimento.

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