Há pelo menos 100 mil famílias a beneficiar do período de transição do Novo Regime de Arrendamento Urbano, que deve terminar em 2020. No fim do regime de transição prevê-se que o valor das rendas dessas famílias venha a duplicar ou mesmo triplicar.
Inicialmente o Governo tinha estabelecido que o valor das
rendas não iria subir até 2017, mas nesse ano voltou a renovar o período de
transição por mais três anos, até 2020 e até 2022 no caso de os inquilinos
terem mais de 65 anos ou serem portadores de deficiência.
Contudo, este atraso no aumento do valor das rendas não
resolve o problema que se avizinha. Em 2020, 100 mil famílias correm o risco de
não conseguir pagar a renda que lhes será proposta pelos senhorios.
“Terminado o período
transitório, o valor da renda a apurar será igual a 1/15 avos do valor
patrimonial do imóvel. Uma renda que hoje está em 120 euros pode passar para
500 ou 600 euros à vontade”, revela Romeu Lavadinho, presidente da
Associação dos Inquilinos Lisbonenses ao Diário de Notícias (DN).
100 mil famílias é apenas um número estimado pela Associação
dos Inquilinos Lisbonenses, a realidade pode ser bem mais drástica, uma vez que
em 2017 estavam em risco 250 mil famílias. Até aqui, não há dados concretos
sobre o número de despejos ou “convites” para abandonar as casas.
Segundo o DN, a Câmara Municipal de Lisboa já está a a criar um mecanismo para dar resposta aos despejos, que deve estar operacional
a partir de maio.
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